Saiba por que as cédulas do Real possuem tamanhos diferentes

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Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

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A troca do cruzeiro real pelo real em 1º de julho de 1994 representou uma virada na economia brasileira, encerrando um ciclo de hiperinflação que assolava o país. Parte do Plano Real, a mudança foi planejada com a criação da Unidade Real de Valor (URV), uma medida transitória que estabilizou os preços ao longo de meses e facilitou a conversão para a nova moeda. O Banco Central do Brasil desempenhou papel fundamental na operacionalização do processo, regulamentando e assegurando a circulação do real, gerando rápida credibilidade a nível internacional.

Como dito, o impacto foi imediato e a inflação que ultrapassava os 4.900% ao ano, despencou para níveis considerados controláveis, aumentando gradativamente o poder de compra dos brasileiros. Embora o plano tenha enfrentado diversos desafios, como a necessidade de ajustes fiscais rigorosos, a nova moeda foi vista como um símbolo de estabilidade e modernidade. O real permanece até os dias atuais como a base da economia do Brasil, consolidando sua importância histórica como uma das medidas mais bem-sucedidas de política monetária no país.

Por que as cédulas do Real possuem tamanhos diferentes?

As cédulas do Real possuem tamanhos diferentes para facilitar a identificação por pessoas com deficiência visual e melhorar a organização do dinheiro em circulação. A diferenciação segue padrões internacionais e auxilia no reconhecimento tátil, permitindo que cada valor tenha dimensões específicas, exceto a nota de R$ 200, a qual possui o mesmo tamanho da de R$ 20. Não obstante, esse recurso relacionado ao tamanho inibe a falsificação por lavagem química, sendo um tipo de manipulação difícil de detectar, pois as cédulas não são recriadas do zero, mas sim alteradas.

Características das cédulas do Real

As cédulas do real são projetadas com uma série de características de segurança e de acessibilidade que garantem tanto a proteção contra falsificação quanto a facilidade de uso para a população. Cada nota possui elementos visuais e táteis cuidadosamente pensados, como as marcas d’água, os fios de segurança e os elementos em relevo.

Outro aspecto fundamental das cédulas do real é seu design artístico. Cada valor é associado a temas e figuras representativas da cultura e biodiversidade brasileira. As cédulas de 2, 5, 10, 20, 50, 100 e 200 reais trazem imagens de animais e até plantas nativas do país, com a presença de símbolos nacionais. Esse design foi concebido para refletir a identidade do Brasil e também para reforçar a autenticidade das cédulas, dificultando a produção de falsificações. Além disso, as cédulas são compostas por material especial que aumenta a durabilidade, tornando-as mais resistentes ao desgaste do uso cotidiano.

Conheça a dimensão de cada cédula:

R$ 2: 6,5 cm x 12,1 cm

R$ 5: 6,5 cm x 12,8 cm

R$ 10: 6,5 cm x 13,5 cm

R$ 20: 6,5 cm x 14,2 cm

R$ 50: 7 cm x 14,9 cm

R$ 100: 7 cm x 15,6 cm

R$ 200: 6,5 cm x 14,2 cm

Elementos de segurança das cédulas do Real

A Segunda Família do Real trouxe cédulas mais segura, incorporando tecnologias que dificultam falsificações e facilitam a identificação. As atualizações incluem elementos visíveis a olho nu, perceptíveis ao toque e detectáveis por equipamentos especializados, garantindo maior confiabilidade na circulação da moeda. 

Entre os principais elementos de segurança estão: 

Marca-d’água: Ao observar a cédula contra a luz, surgem figuras específicas, como a efígie da República e os animais representados em cada nota. 

Alto-relevo: Algumas partes da cédula, como textos e imagens, possuem uma textura diferenciada, facilmente perceptível ao toque. 

Número que muda de cor: Localizado no canto inferior direito de notas de 10 e 20 reais, o número alterna entre azul e verde conforme a movimentação da cédula. 

Faixa holográfica: Exclusiva das cédulas de 50 e 100 reais, exibe efeitos de brilho e mudança de cor ao ser inclinada, alternando entre o valor da nota e a palavra “REAIS”. 

Elementos fluorescentes: Sob luz ultravioleta, aparecem números, fios e detalhes ocultos, aumentando a segurança contra falsificações. 

Fio de segurança: Inserido no papel, é visível contra a luz e contém o valor da nota escrito em sua extensão. 

Microimpressões: Textos minúsculos, observáveis apenas com uma lente de aumento, estão espalhados em áreas como a efígie e os animais representados. 

Esses elementos foram amplamente divulgados em campanhas educativas, reforçando a importância de verificar ao menos três características ao suspeitar da autenticidade de uma nota. A Segunda Família do Real reflete o compromisso do Banco Central do Brasil em proteger a economia brasileira e promover a acessibilidade.

Primeira Família do Real

A Primeira Família do Real foi lançada em 1994, quando o Brasil adotou a nova moeda como parte do Plano Real. Essa primeira série de cédulas, que foi utilizada até 2010, foi projetada com características de segurança inovadoras para a época e refletia a identidade brasileira. As notas de 1, 5, 10, 50 e 100 reais traziam imagens de figuras históricas e elementos representativos da fauna brasileira, como o mico-leão-dourado e o tucano, além de diversas medidas de segurança.

A Primeira Família do Real teve grande importância na consolidação da estabilidade econômica do Brasil, simbolizando também o fim de um período de hiperinflação. As cédulas foram criadas com detalhes cuidadosos para facilitar a identificação e reduzir a falsificação, com o Banco Central sendo responsável por regulamentar e supervisionar sua circulação.

Segunda Família do Real

A Segunda Família do Real foi lançada em 2010 e representou uma modernização das cédulas que circulavam no país desde 1994, com o objetivo de reforçar a segurança e a durabilidade do dinheiro circulante. As novas notas mantiveram o padrão de cores e valores da Primeira Família, mas foram modificadas a fim de incorporar maior segurança, como elementos táteis que facilitam a identificação por pessoas com deficiência visual. As cédulas da Segunda Família possuem tamanhos diferentes, uma característica também pensada para aumentar a acessibilidade.

Além das melhorias em segurança, como marcas d’água mais complexas e o uso de tinta que muda de cor conforme a inclinação da nota, o design das cédulas passou a ser mais moderno. As figuras da fauna brasileira, como o mico-leão-dourado e a garça, continuam presentes, mas a ênfase foi dada à valorização de aspectos naturais do Brasil, além de preservar símbolos da identidade nacional.

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